Detesto o bater dos ponteiros,
e o sentir das horas passar.
Odeio a gota caindo, e o papel que esta,
apesar de saber que é inútil,
vai tentar disfarçar.
Me enoja a impotência, e tudo que esta significa,
pois sei que por mais engraçado,
no fundo ainda fica, como um alfinete meticulosamente atravessado,
a terrível dúvida de um Pierrot apavorado.
Odeio a falsidade, e tudo, e todo fingir
impensável sensação que me dá
parece que vou cair.
Simplismente me deixo levar,
e mesmo ciente disso
choro haverá,
mas assim permanecerá...
Pois estamos num eterno retorno,
e outra vez, tal situação só irei evitar.
Tantos segredos e coisas vividas,
o sorriso e a noite que me cercaram,
de tanto me divertir, bloquearam
minha verdadeira visão do existir
A melancolia de estar sozinho e moribundo
e de ser somente um astro vagabundo
não irão em nenhum momento me acomodar,
vou pegar este sentimento,
e gastar cada segundo,
com a condição mais difícil no mundo
a imposição de mesmo triste,
a todos nesse universo alcançar.
Júlio Cézar
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
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Tantos segredos e coisas vividas,
ResponderExcluiro sorriso e a noite que me cercaram,
de tanto me divertir, bloquearam
minha verdadeira visão do existir